Ementa:
Atividade que enfoca a relação entre expressão artística e formas jurídicas. Pretende-se que os alunos construam um raciocínio crítico e se desvencilhem do senso comum para refletir sobre as diferentes leituras do país. Os alunos examinam a relação entre a grande mídia e estereótipos do Brasil.
Objetivo:
- OBJETIVO GERAL: fazer uma relação entre discursos teóricos e senso comum sobre o Brasil.
- OBJETIVO ESPECÍFICO: problematizar a forma como pensamos o Brasil por meio de um programa humorístico cujos personagens incorporam diferentes estereótipos sobre o país. Ao final, espera-se que os alunos percebam, a partir do humor, a dinâmica de estruturação de leituras diversas sobre a formação cultural brasileira.
- Pretende-se que os alunos se sensibilizem com os problemas, desconstruindo as visões de senso comum sobre o Brasil e o brasileiro.
Dinâmica:
- MÉTODO DE ENSINO: diálogo socrático.
- PREPARAÇÃO: houve leitura sugerida do texto Dialética da malandragem, de Antonio Cândido, mas não é fundamental que haja leitura prévia.
- INTRODUÇÃO DA DINÂMICA: o professor iniciou a aula com uma abordagem do senso comum sobre o estereótipo do brasileiro, levando os alunos a tratarem da noção de que no Brasil as leis não são efetivas, de que todos se utilizam do "jeitinho brasileiro" para se beneficiar etc. O professor indicou que o autor Antonio Cândido é fundamental para discutir esse tema, em especial o texto Dialética da malandragem, que está como bibliografia sugerida, e levou um pequeno trecho para trabalhar em sala de aula. Essa introdução durou cerca de 30 minutos.
- DESENVOLVIMENTO DA DINÂMICA: após essa leitura, o professor mostrou um episódio do seriado A Grande Família intitulado Consciência é fogo, que, em síntese, é desenvolvido em torno de um personagem que faz tudo corretamente e se defronta com a posição de outro personagem, o qual lhe diz que "quem nunca fez uma loucura na vida não viveu". O enredo, então, continua, com enfoque no primeiro personagem, que deseja fazer loucuras para mostrar que viveu. O episódio tem aproximadamente 45 minutos.
Depois da leitura do texto e apresentação do vídeo, o professor realizou um debate em sala de aula com todos os alunos. Ele indagou sobre o porquê do comportamento do personagem que deseja mostrar que não é engraçado agir corretamente, comparando com a falta de indignação diante da conduta do outro personagem, que não segue rigidamente as regras. O professor procurou fazer os alunos compreenderem o que a imagem do senso comum no humor reforçava e mostrou a contradição sobre por que rimos de alguém que segue as regras. O debate durou 30 minutos.
- TÉRMINO DA DINÂMICA: nos 10 minutos finais da aula, o professor conjugou as opiniões e expôs algumas considerações a respeito da construção e desconstrução do senso comum sobre o Brasil e o brasileiro.
- CUIDADOS COM A AULA:
1) É recomendável não exibir o vídeo até o final e fazer os alunos responderem imediatamente às questões. É importante deixá-los se divertir um pouco com o humor apresentado. Vale começar perguntando se gostaram, o que acharam mais engraçado e daí entrelaçar esses comentários com o objeto da dinâmica. O professor deve assistir ao episódio e ler o texto com antecedência, além de preparar algumas indagações e conexões com os temas relevantes para o curso e para a problemática apontada em aula.
2) Caso a sala tenha muitos alunos, sugere-se que a turma seja dividida em grupos, colocando todas as questões de uma vez, atribuindo um período razoável para que eles escrevam resumidamente sua opinião e, após isso, relatem à sala, cabendo ao professor o acompanhamento e fomento do debate.
Avaliação:
- FORMA DE FEEDBACK: o professor deu retorno sobre as opiniões dos alunos durante os debates e ao fechar cada discussão.
- AVALIAÇÃO POR NOTA: houve nota de participação dos alunos nas atividades, que, no entanto, não procurou avaliar a expressão oral ou outra ação realizada pelos alunos.
Observações:
Direitos autorais da imagem de capa (recortada):
Imagem: "Encontro de Bonecos Gigantes", 2006, disponibilizada pelo usuário do Flicker "Prefeitura de Olinda", foto de "Passarinho/Pref.Olinda", sob a licença Creative Commons BY 2.0