Ementa:
A qualidade de vida está intrinsecamente relacionada com o acesso ao trabalho digno e remunerado de forma adequada. Contudo, conquistas trabalhistas como a estipulação legal do valor do salário mínimo ou do piso salarial nacional de uma categoria perdem o seu valor real diante de cidades caras, inacessíveis segregadas e insustentáveis ecologicamente. Assim, “nem toda melhoria das condições de vida é acessível com melhores salários ou com melhor distribuição da renda. Boas condições de vida dependem, frequentemente, de políticas públicas urbanas – transporte, moradia, saneamento, educação, saúde, lazer, iluminação pública, coleta de lixo, segurança” (MARICATO, 2013, p.19-20). Portanto, uma vez que vivemos numa sociedade preponderantemente urbana, tanto o modelo de cidade quanto as condições de trabalho serão importantes para alcançar a construção de uma sociedade menos desigual, capaz garantir a dignidade e o exercício da cidadania de todos. Ocorre que, recentemente, as áreas trabalhista e urbanística tem sofrido intensas alterações legislativas impactando diretamente na vida não somente dos trabalhadores e trabalhadoras, mas de todos os habitantes das cidades. Diante desse cenário, a universidade pública tem um papel importante no estudo dessas transformações e na disseminação das informações relacionadas à essas inovações legislativas, permitindo o amplo conhecimento a respeito das conquistas e das revogações de direitos, atividade que se traduz num verdadeiro esforço de educação em direitos humanos. No cumprimento desse papel, o Projeto de Extensão “Direito, trabalho e cidades: compartilhando saberes”, realizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS) em 2020, teve por objetivo elaborar recursos de aprendizagem diversos: infográficos, vídeos, imagens, podcasts, entrevistas e etc sobre direitos trabalhistas e urbanísticos. Esses recursos educacionais abertos são objetos de aprendizagem em qualquer formato ou mídia que estejam sob domínio público ou foram licenciados de forma aberta, o que lhes permite ser utilizados por todos. Todo material produzido no âmbito do projeto foi depositado no repositório institucional da UFS, bem como foi compartilhado e disponibilizado gratuitamente nas diversas plataformas e redes sociais do projeto. O repositório institucional da UFS não possuía recursos educacionais no campo do Direito, então, esse projeto de extensão apresentou-se como uma grande oportunidade de suprir essa lacuna. Assim, nossos produtos digitais foram depositados e disponibilizados em repositórios na internet para serem (re)utilizados livremente em processos educativos diversos. Além disso, naquele momento excepcional de pandemia e de aulas exclusivamente remotas, a produção de conteúdo digital/objetos de aprendizagem na área jurídica tornou-se uma necessidade urgente. O projeto de extensão foi promovido pela UFS, que subsidiou 6 extensionistas bolsistas e 6 voluntários, de diversos cursos de graduação: direito, design gráfico, pedagogia, comunicação social e arquitetura e urbanismo. A bolsas foram remuneradas pelo Programa de Assistência Estudantil da UFS, que atende alunos em situação de vulnerabilidade social. Apesar das dificuldades do contexto da pandemia, o projeto conseguiu transpor os muros da universidade, resultando num intercâmbio de conhecimento e experiências entre participantes intra e extramuros. Dessa forma, o projeto reuniu no total 27 extensionistas, que incluíam os bolsistas, os voluntários e as pessoas da comunidade externa, que juntos protagonizaram a produção de todo o material. Durante a realização do projeto, entre set/20 e jan/21 foram realizadas diversas atividades e ações com a finalidade de apresentar, estudar, analisar e debater as inovações legislativas trabalhistas e urbanísticas, bem como capacitar os extensionistas para a produção, aplicação e difusão dos recursos digitais.
Prêmio Destaque na 4ª Edição do Prêmio Esdras de Ensino do Direito (2022).
Atividade sem revisão pelos autores.
Objetivo:
COMO ESSA ATIVIDADE SE INSERE NO OBJETIVO CURSO (DISCIPLINA)
O projeto pedagógico do curso de Direito da Universidade Federal de Sergipe (UFS) traz como objetivo geral, a formação de bacharéis em Direito com sólida formação técnico-científica e profissional de forma interdisciplinar, associando a visão histórica dos institutos clássicos como o conhecimento dos chamados “novos direitos”, estimulando-os a uma atuação crítica e criativa na identificação e solução de problemas de modo a atender às demandas da sociedade.
Além disso, os objetivos específicos apontam a importância de formar cidadãos críticos, reflexivos, participativos e atuantes, que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população humana e para conservação de todas as formas de vida do planeta, a partir de ações pautadas em valores éticos e legais; de desenvolver, apoiar e estimular atividades de ensino, pesquisa ou extensão relacionadas com a solução de problemas socioculturais, com o aprimoramento do espírito humano; contribuir para que as diversas instituições da comunidade alcancem níveis de excelência no desenvolvimento de suas atividades, produzindo benefícios culturais e científicos que possam ser revertidos em prol de toda a sociedade; formar profissionais capazes de questionar a realidade, formulando problemas e de buscar soluções, utilizando-se do pensamento lógico, da criatividade e da análise crítica; habilitar o acadêmico a compreender a sua atuação profissional como exercício de cidadania consciente e crítica; desenvolver as competências e habilidade interpretação e aplicação do Direito; pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito.
O projeto extensionista ao propor a disseminação do conhecimento sobre direitos através da produção de recursos digitais pelos próprios extensionistas, além de ressaltar a importante contribuição das universidades para efetivação dos direitos fundamentais e para educação em direitos humanos, busca cumprir estes e todos os demais objetivos previstos na proposta pedagógica do curso do de Direito da UFS.
Além disso, o projeto elegeu duas temáticas principais: Direito do Trabalho e Direito Urbanístico. Ambas as disciplinas fazem parte da estrutura curricular do Curso de Graduação em Direito: Direito do trabalho faz parte do EIXO DE FORMAÇÃO PROFISSIONALIZANTE e Direito Urbanístico faz parte do EIXO DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR OPTATIVO.
Por fim, a proposta pedagógica indica ainda que o aluno deverá cumprir carga horária das atividades complementares através de atividades, tais como projetos de extensão.
O ensino, a pesquisa e a extensão são funções constitucionais da universidade, sendo que a extensão universitária é indispensável para que a educação superior realize uma formação abrangente e humanista, muito além da técnico-profissional, com aptidão de promover contribuições úteis à sociedade.
QUAIS OS CONTEÚDOS TRABALHADOS NA ATIVIDADE
O projeto extensionista articulou diversos conteúdos e atividades. Inicialmente, realizamos Capacitações dirigidas aos extensionistas sobre recursos educacionais abertos, em parceria com a UFBA, e de produção de materiais em áudio, em cooperação com a UFPR.
As Oficinas sempre tiveram temáticas alternadas entre Direito Urbanístico e Direito do Trabalho, quais sejam: Medidas Provisórias e COVID-19: o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda e auxílio emergencial; suspensão do contrato de trabalho e a redução da jornada de trabalho e salário; o teletrabalho e o banco de horas; a concessão e antecipação de férias; a Extinção do Ministério das Cidades e do Conselho das Cidades; o aluguel, despejos e remoções forçadas na pandemia; a regularização fundiária e o novo marco legal do saneamento básico.
E o Seminário “Direito, trabalho e cidade: desafios para um futuro urbano melhor”, promoveu o diálogo sobre a recente trajetória legislativa brasileira nas áreas urbanística e trabalhista analisando se estas inovações legais e suas repercussões se aproximam ou se afastam das diretrizes das agendas globais das Nações Unidas: a) Agenda 2020, especialmente dos objetivos de desenvolvimento sustentável n. 8- Trabalho Digno e Crescimento Econômico e n.11 Cidades e Comunidades Sustentáveis; b) Nova Agenda Urbana. O projeto buscou articular os temas trabalho e cidade, com a efetivação dos direitos fundamentais e a educação em direitos humanos.
QUAIS AS HABILIDADES E COMPETÊNCIAS TRABALHADAS NA ATIVIDADE
Neste projeto de extensão, podemos apontar objetivos de aprendizagem especialmente dentro do domínio cognitivo, no qual os conhecimentos são adquiridos, construídos e utilizados para resolver problemas, segundo a taxinomia de Bloom. No domínio cognitivo é possível ter objetivos de aprendizagem com diversos níveis: conhecimento, compreensão e aplicação, análise, síntese e avaliação. No nível do conhecimento, os objetivos foram: IDENTIFICAR as alterações legislativas em matéria trabalhista e urbanística; CONHECER os direitos relacionados às alterações legislativas em matéria trabalhista e urbanística; e CONHECER os recursos educacionais abertos. Tratam-se de habilidades que possibilitam recordar informações e conteúdos previamente abordados como fatos, datas, palavras, teorias, métodos, classificações, lugares, regras, critérios, procedimentos etc. As capacitações e as Oficinas foram espaços onde essas habilidades foram desenvolvidas. Nos níveis da compreensão e aplicação, foram objetivos: COMPREENDER as repercussões positivas e negativas das alterações legislativas, na perspectiva dos Direitos Humanos; COMPREENDER e APLICAR os recursos educacionais abertos. Essas são habilidades que correspondem à capacidade de entender a informação ou fato, de captar seu significado e de utilizá-la em contextos diferentes. Desse modo, com as aulas expositivas e debates nas Oficinas, à medida que as informações jurídicas eram compreendidas pelos extensionistas, passavam a ser aplicadas num contexto pedagógico, por meio da produção de recursos digitais. No nível da análise, os objetivos foram: ANALISAR as alterações legislativas e RELACIONAR com as questões trabalho e cidade. Essa habilidade se refere à capacidade der identificar as partes e suas interrelações. As leis estão inseridas num ordenamento jurídico dentro do qual as normas têm relações formais, materiais e de hierarquia, além disso as leis não estão isoladas da realidade social, nem da história. Esse nível de percepção do Direito, da sociedade e de si mesmo como sujeito dentro desse contexto, foi relevante para a realização da atividade, que consistiu em elaborar um recurso digital. No nível da síntese, objetivo foi ELABORAR recursos educacionais abertos sobre as alterações legislativas em matéria trabalhista e urbanística. Dessa forma, buscou-se desenvolver a habilidade de agregar e juntar partes com a finalidade de criar um novo todo. Todo conhecimento aprendido foi consolidado em forma de recurso digital produzido pelos extensionistas. Os recursos digitais são uma nova forma de conhecer o conteúdo que eles aprenderam nas Oficinas, apresentado a partir de suas perspectivas. São um reflexo de como eles pensam os temas principais do projeto: trabalho e cidade.
No nível da avaliação, o objetivo foi ESCOLHER dentre as alterações legislativas, os pontos mais relevantes para serem abordados nos produtos e os tipos de recursos educacionais abertos mais viáveis de serem produzidos no âmbito do projeto. Esta é uma habilidade que consiste na capacidade de julgar o valor do material para um propósito específico. Desse modo a escolha do tipo de recurso digital e a forma de abordagem jurídica pelos extensionistas era feita de forma autônoma e consciente.
Dinâmica:
FORMA DE PREPARAÇÃO DO PROFESSOR PARA A ATIVIDADE (PERGUNTAS FORMULADAS, RESPOSTAS ESPERADAS, RACIOCÍNIO A SER EMPREGADO ETC.)
A Coordenação do projeto de extensão escolheu 8 pontos relevantes, dentro das inovações legislativas recentes no Direito do Trabalho e no Direito Urbanístico para serem abordados nas Oficinas.
Os debates e palestras semanais sobre esses temas foram proferidos por professores, advogados e ativistas dedicados às temáticas do projeto.
Os palestrantes convidados eram apresentados ao resumo do projeto e informados sobre a importância de que a atividade promovesse a articulação entre trabalho e cidade, efetivação dos direitos fundamentais e educação em direitos humanos.
Os alunos bolsistas do projeto formulavam perguntas prévias aos debatedores/palestrantes sobre os temas selecionados, que então serviam de guia para as palestras e debates nas oficinas semanais.
FORMA DE PREPARAÇÃO DOS ALUNOS PARA A ATIVIDADE (LEITURA PRÉVIA, PESQUISAS ETC.)
O projeto de extensão realizou capacitações sobre os recursos digitais que posteriormente foram produzidos pelo grupo, bem como palestras e debates sobre os temas jurídicos que foram abordados nesses produtos.
Na “Capacitação e Oficinas para Direito, trabalho e cidade”, inicialmente, os extensionistas foram capacitados para produzir os recursos digitais com finalidade pedagógica: podcasts, infográficos, nuvens de palavras e etc.
Além disso, para cada Oficina semanal, os estudantes bolsistas do projeto elaboravam e compartilhavam por e-mail previamente com o grupo geral, um Informativo Jurídico resumido (de 1 a 2 páginas) sobre os temas jurídicos a serem apresentados e debatidos naquela semana. A elaboração desse Informativo era supervisionada pela Coordenação para garantir a pertinência jurídica das informações.
A Oficina semanal era dividida em 2 partes: o primeiro momento era destinado à palestra e debates sobre os temas jurídicos. No segundo momento da Oficina, os extensionistas se reuniam divididos em subgrupos para produzir os recursos digitais.
Os temas jurídicos selecionados pela Coordenação e a programação das Oficinas foram divulgadas previamente, então todos os participantes foram estimulados a pesquisar sobre os temas e trazer perguntas e problematizações para as Oficinas.
DETALHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DENTRO E FORA DE SALA DE AULA E INTERAÇÃO ENTRE ALUNOS E PROFESSOR.
O projeto de extensão teve diversas atividades a ele vinculadas, todas realizadas remotamente por conta do contexto da pandemia. Então, todos os participantes precisavam ter um computador e acesso à internet. Além disso, todos os sites e aplicativos utilizados para execução do projeto tinham acesso gratuito: Gmail, Google Drive, Google Meetings, StreamYard, Anchor, Moodle, Instagram, Youtube, Facebook, Whatsapp, e etc. Inicialmente, ocorreu a “CAPACITAÇÃO E OFICINAS PARA EXTENSIONISTAS EM DIREITO, TRABALHO E CIDADE”.
A Capacitação sobre recursos educacionais abertos foi realizada em encontros síncronos através do Moodle e do Google Meetings, nos dias 26/09, 03/10 e 10/10/20, de 08:00/12:00, em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ministrada pela Profa. Lanara Souza, Coordenadora de Design Educacional. A finalidade era desenvolver habilidades dos participantes para a produção e uso de recursos educacionais digitais na difusão de material educativo (podcast, vídeo, mapas, infográficos e jogos). Durante a capacitação os extensionistas puderam experimentar construir seu primeiro produto sob a supervisão da Coordenação e da Profa. Lanara.
As oficinas, por sua vez, foram realizadas semanalmente entre 17/10 e 12/12/20, de 08:00 às 12:00, em encontros síncronos através do Google Meetings, para que os participantes pudessem aprender através de aulas expositivas e debates sobre as alterações legislativas em matéria trabalhista e urbanística, bem como praticar as habilidades desenvolvidas na capacitação, produzindo o conteúdo digital do projeto. A cada semana, o encontro nas Oficinas se dividia em duas etapas: primeiramente uma palestra seguida de debate, depois um momento de construção dos objetos digitais de aprendizagem.
Então, na primeira parte da manhã, a Oficina recebia como convidados professores, advogados e ativistas de movimentos sociais para apresentar os temas e promover os debates. Os extensionistas podiam fazer perguntas e tirar dúvidas a respeito do produto que seria construído no segundo momento do encontro. Fora da sala de aula virtual, os alunos bolsistas tinham o importante papel de elaborar, previamente à realização de cada oficina, uma lista de perguntas iniciais dirigidas aos palestrantes para orientar a condução dos debates, bem como de elaborar Informativos Jurídicos resumidos (de 1 a 2 páginas) com os principais pontos que mereciam atenção, relativo ao tema debatido naquele dia. Tanto a lista de perguntas quanto o Informativo eram supervisionados pela Coordenação, sendo posteriormente compartilhados por e-mail e no Google Drive.
Os temas das Oficinas foram definidos pela Coordenação e divulgados no início do projeto para os participantes. As temáticas eram alternadas entre Direito Urbanístico e Direito do Trabalho, quais sejam: Medidas Provisórias e COVID-19: o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda e auxílio emergencial; suspensão do contrato de trabalho e a redução da jornada de trabalho e salário; o teletrabalho e o banco de horas; a concessão e antecipação de férias; a Extinção do Ministério das Cidades e do Conselho das Cidades; o aluguel, despejos e remoções forçadas na pandemia; a regularização fundiária e o novo marco legal do saneamento básico.
Os extensionistas foram divididos em grupos pela Coordenação de modo que, em cada grupo, havia interdisciplinaridade (pessoas de áreas diversas) e a presença de pelo menos 01 bolsista/voluntário do curso de Direito.
Reunidos em seus grupos, os extensionistas tinham autonomia para definir qual seria o seu produto e a forma de abordagem do tema jurídico daquela semana. Ao final de cada Oficina, o que estava sendo produzido pelos grupos era apresentado na sala virtual para que todos pudessem opinar e contribuir, bem como para uma avaliação da pertinência legal das informações pelos professores/coordenadores. Caso o grupo não conseguisse concluir o produto no mesmo encontro, era facultado a entrega nos encontros seguintes. À medida que os produtos eram concluídos, além de apresentados em sala, eles eram postados nas redes sociais do projeto pelos próprios extensionistas.
Uma vez que os extensionistas demonstraram especial interesse pelo formato de podcast, buscamos outra parceria institucional para a “OFICINA PRODUÇÃO DE MATERIAIS EM ÁUDIO”, realizada numa cooperação com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), com duração de 4 horas, através do aplicativo de Conferência Web, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP. Os ministrantes da oficina foram os professores da UFPR Flávia Bespalhok e Elson Faxina, ambos da área de Comunicação. O Seminário “Direito, trabalho e cidade: desafios para um futuro urbano melhor” foi uma atividade do projeto selecionada para fazer parte do “Outubro Urbano & Circuito Urbano 2020”, promovido Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). Os extensionistas bolsistas e voluntários colaboraram na organização do evento, bem como participaram como debatedores nos painéis. As inscrições para participar como ouvinte do evento eram gratuitas e abertas ao público em geral. O evento ocorreu de forma virtual através StreamYard e foi transmitido ao vivo no canal Circuito Urbano/ONU-Habitat, no Youtube. Todo o conteúdo produzido e transmitido no evento também serviu de fonte para o desenvolvimento dos produtos do projeto de extensão pelos extensionistas. O Seminário promoveu o diálogo sobre a recente trajetória legislativa brasileira nas áreas urbanística e trabalhista analisando se estas inovações legais e suas repercussões se aproximam ou se afastam das diretrizes das agendas globais das Nações Unidas: a) Agenda 2020, especialmente dos objetivos de desenvolvimento sustentável n. 8- Trabalho Digno e Crescimento Econômico e n.11 Cidades e Comunidades Sustentáveis; b) Nova Agenda Urbana.
É importante ressaltar que os extensionistas tiveram participação ativa na organização das atividades vinculadas ao projeto, protagonizando processos, atividades e ações relevantes na sua construção. Os produtos apresentados pelo projeto são fruto da criatividade e criticidade dos participantes a respeito dos importantes tema jurídicos que foram abordados.
PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO DIREITO, TRABALHO E CIDADE: DESAFIOS PARA UM FUTURO URBANO MELHOR
29/10/2020 (quinta-feira)
PAINEL 01 BRASIL VERDE AMARELO: um novo programa habitacional e uma nova modalidade de trabalho.
• Prof. Me. Felipe Estrela (Professor de Direito (UFBA/UNEB)
• Profa. Dra. Jussara Maria Moreno Jacintho (Professora de Direito DDI/UFS)
PAINEL 02 INFORMALIDADE: urbana e trabalhista
• Profa. Dra. Renata Queiroz Dutra (Professora de Direito da UNB)
• Profa. Dra. Adriana Lima (Professora de Direito da UEFS)
DIA 30/10/2020 (sexta-feira)
PAINEL 03 PANDEMIA: impactos nas cidades e nas relações de trabalho.
• Profa. Dra. Maria Roseniura de Oliveira Santos (Auditora-fiscal do Trabalho)
• Profa. Me. Deborah Marques (Professora de Direito da UniFG)
PAINEL 04 AGENDAS GLOBAIS E O BRASIL: ordenamento jurídico trabalhista e urbanístico e a (não) efetivação dos ODS e da Nova Agenda urbana.
• Prof. Dr. Wagner Rodrigues (Professor da UESC)
• Prof. Me. Aquiles Mascarenhas (Assessor do TRT 5a Região e Professor de Graduação, Pos-graduação e Preparatórios para OAB)
Avaliação:
MATRIZ DE AVALIAÇÃO DOS ALUNOS (CRITÉRIOS UTILIZADOS TANTO PARA A RESPOSTA DE DESEMPENHO QUANTO PARA A FORMA DE ATRIBUIÇÃO DE NOTAS)
É importante ressaltar que não se tratou de uma disciplina do curso de Direito, mas de um projeto extensionista com a participação de integrantes da comunidade acadêmica e também da comunidade externa, portanto não havia avaliação com atribuição de notas.
Os extensionistas divididos em grupos recebiam feedback semanal dos demais colegas e também da Coordenação sobre os produtos em construção, a respeito da sua pertinência legal/jurídica, clareza, correção ortográfica e gramatical das informações, assim os produtos eram “validados” pela coordenação para publicação nas redes sociais do projeto.
Os extensionistas tinham autonomia para escolher o tipo de produto e a forma de abordagem do tema jurídico estudado. Assim, a criatividade e a criticidade dos extensionistas eram estimuladas pela Coordenação durante o projeto.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE “CONSOLIDAÇÃO” A SEREM DESENVOLVIDAS PELOS ALUNOS (ATIVIDADES EXTRACLASSE)
Os extensionistas podiam ampliar e aprofundar pesquisas sobre os diversos recursos digitais e sobre os temas jurídicos na internet, afinal a universidade e as bibliotecas estavam fechadas por conta da pandemia. Assim, eles encontravam novos sites interessantes, novos aplicativos para serem empregados nas atividades.
Tudo isso podia ser compartilhado no Google Drive do projeto pelos extensionistas, de modo que todos poderiam ter acesso.
Observações:
Os(as) professores(as) e palestrantes convidados para participar das atividades do projeto possuem vínculos com IES de várias partes do país e também com movimentos sociais, bem como representam diversidade de raça e gênero aproximada daquela encontrada na sociedade brasileira. A busca pelo atendimento da diversidade foi um ponto relevante na composição do quadro docente do projeto.
O fato de a Coordenação Geral do projeto e a disciplina Direito do Trabalho II serem conduzidas pela mesma professora, contribuiu para a associação do ensino e a extensão, uma vez que alunos matriculados naquela matéria atuaram como bolsistas e extensionistas, além de a participação nas atividades da extensão terem sido incluídas no plano de ensino daquele componente curricular.
CUIDADOS TOMADOS PARA QUE A ATIVIDADE ALCANÇASSE OS OBJETIVOS PLANEJADOS
O projeto de extensão propôs a criação de objetos de aprendizagem em formato de imagens, vídeos, podcasts e etc., com a temática nas áreas jurídicas trabalhista e urbanística para composição do repositório institucional de recursos de aprendizagem da UFS, além do seu compartilhamento gratuito nas diversas plataformas digitais e redes sociais criadas para o projeto. Assim, esses produtos precisam ter qualidade pedagógica, para tanto, nos preocupamos a um só tempo com a presença de qualidades técnicas como a disponibilidade, confiabilidade, acessibilidade e usabilidade, mas também com a preservação da autonomia, criatividade e criticidade dos extensionistas.
Diante da conjuntura pandêmica, o projeto de extensão teve que utilizar exclusivamente meios digitais para realização das suas atividades. Então, o Google Drive foi um importante espaço colaborativo de compartilhamento e armazenamento de conteúdo, garantindo a acessibilidade de todos em tempo integral.
E o Whatsapp foi uma ferramenta relevante para comunicação assíncrona entre Coordenação e os extensionistas, inclusive permitindo o acompanhamento das atividades extraclasse.
Anexos:
1. O e-book do projeto teve o design elaborado pelo bolsista e traz um resumo que incluem as atividades, os extensionistas, os parceiros, os links importantes e os produtos: https://drive.google.com/file/d/1ydNQZmep-rj-ob70Fd9bAi53vbrmNDES/view?u...
2. O projeto foi tema de artigos publicados em periódicos, entre os autores estão os próprios extensionistas:
a) Revista Extensão (UFRB), p.162: https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/revistaextensao/article/view/254...
b) Revista Avant (UFPR), p. 51: https://www.yumpu.com/pt/document/view/65547577/revista-avant-volume-5-n...
c) Revista Propagação (UFS), p. 12: https://secretariado.ufs.br/uploads/content_attach/path/31478/revista_pr...
3. Nossas redes sociais:
Instagram: https://www.instagram.com/direitotrabalhoecidade/
Facebook: https://www.facebook.com/direitotrabalhoecidade/
4. Canal do Youtube do Circuito Urbano (Onu-habitat) com a transmissão do nosso seminário: Dia 29/10: https://www.youtube.com/watch?v=ii70luNj34I Dia 30/10: https://www.youtube.com/watch?v=VGBQDdqtGQo
5. Site do SEMINÁRIO DIREITO, TRABALHO E CIDADE: DESAFIOS PARA UM FUTURO URBANO MELHOR (projeto selecionado pela ONU-Habitat Brasil para o Circuito Urbano 2020)
http://www.circuitourbano.org/seminario-direito-trabalho.html
6. Nosso podcast no Spotify: https://open.spotify.com/show/4hSyTdJSFXPdyXTVniaCWP
Tempo de aplicação:
4 h/semanais em sala de aula virtual + 2h/semanais extraclasse para pesquisas e reuniões dos grupos.